A nova ponte entre Imbé e Tramandaí segue como um dos projetos mais esperados do Litoral Norte gaúcho, mas o início das obras ainda não tem data definida.
Quase um ano após receber a primeira autorização da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), o empreendimento aguarda uma nova permissão para finalmente sair do papel.
O projeto, que promete desafogar o trânsito e melhorar a mobilidade entre os dois municípios, é planejado há mais de duas décadas e representa um marco para o desenvolvimento urbano e turístico da região.
Licença prévia foi concedida em 2024
Em dezembro de 2024, a Fepam concedeu a licença prévia, documento que atesta a viabilidade ambiental da construção.
No entanto, o órgão solicitou a realização de um estudo complementar, essencial para garantir que o projeto atenda às normas ambientais e minimize impactos à fauna local. O prefeito de Imbé, Ique Vedovato, informou que o estudo está em fase de elaboração e deve ser concluído até o fim de 2025. A ação conta com o apoio da empresa Aegea, que firmou um termo de cooperação e será responsável por doar o estudo ambiental.
— A ideia é que a gente consiga fazer uma ponte segura, que não afete o meio ambiente, principalmente protegendo os botos, afirmou Vedovato.
Estrutura inovadora deve proteger botos no Rio Tramandaí
Para garantir a proteção dos botos, espécie símbolo da região, o projeto prevê uma estrutura sem pilares dentro do leito do Rio Tramandaí. A nova ponte terá 150 metros de extensão e fará a ligação entre a Avenida Nilza Godoy, em Imbé, e as ruas Alfredo Elias e São Salvador, em Tramandaí.
Investimento de R$ 80 milhões e parceria com o governo do Estado
A obra está orçada em R$ 80 milhões, sendo metade do valor custeada pelo governo do Estado. Após a conclusão do estudo e a obtenção da licença de instalação, será lançada a licitação para escolher a empresa responsável pela construção. O novo acesso servirá como alternativa à ponte Giuseppe Garibaldi, que atualmente concentra o fluxo entre os municípios e registra frequentes engarrafamentos, especialmente na temporada de verão.
Projeto antigo e proposta descartada
A atual ponte foi construída na década de 1950 e passou por ampliação nos anos 1980, mas hoje já não atende à demanda crescente de veículos. Uma segunda proposta de travessia chegou a ser avaliada, com 1,6 quilômetro de extensão e passagem pela Lagoa do Armazém. O investimento, porém, seria de R$ 142 milhões, o que levou à sua exclusão por inviabilidade financeira.