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Grêmio supera dois pênaltis ‘inexistentes’ no Gre-Nal e vence o Inter por 3 a 2
Clássico no Beira-Rio foi marcado por polêmicas da arbitragem e fim de longo jejum gremista no clássico
Por Redação Tupancy
Publicado em 22/09/2025 09:22
Futebol
Festa tricolor no Beira-Rio | Foto: Pedro Piegas

Todo Gre-Nal leva junto consigo um número. Mas na prática, cada clássico fica na lembrança por alguma característica em si. O jogo deste domingo, no estádio Beira-Rio, muito provavelmente será lembrado como o “Gre-Nal dos Pênaltis”, tamanho o protagonismo de dois lances, para dizer o mínimo, polêmicos. Mesmo tendo contra si duas penalidades inexistentes, o Grêmio venceu, de virada, o Inter por 3 a 2 e pôs fim a um jejum de mais de dois anos no confronto com o rival.

Diante da desconfiança de ambas as torcidas sobre a qualidade dos times, o Gre-Nal válido pela 24ª rodada do Brasileirão foi, desde o início, mais movimentado do que se esperava. Não que isso necessariamente signifique que foi um bom clássico, não foi. Mas pelo menos entregou em termos de emoção. Talvez justamente pelo momento de fragilidade defensiva vermelho e azul, o jogo era lá e cá. Se Edenilson ameaçou logo aos dois minutos, Alan Rodríguez respondeu aos três.

 

O primeiro VAR

Até que começaram as polêmicas. Aos 14 minutos, Bernabei venceu na corrida a marcação adversária e entrou na área gremista. Ao perceber a chegada de Noriega, o lateral esticou o pé e caiu. À primeira vista, o replay indicava uma simulação de pênalti do jogador colorado. Mas o árbitro Marcelo de Lima Henrique foi chamado no VAR. Analisou que houve um toque do joelho do peruano no argentino – que até houve, mas muito provavelmente não foi a razão da queda – e marcou pênalti. Aos 20 minutos, Alan Patrick bateu no canto direito, Volpi ainda tocou, mas não impediu o gol do Inter: 1 a 0.

Era uma vantagem importante que poderia assegurar tranquilidade aos anfitriões. Mas a defesa colorada vive um dos seus piores momentos e vazou logo em seguida. Aos 28, Marlon foi à linha de fundo pela esquerda e cruzou para a cabeceada certeira de Carlos Vinícius. Com um gol típico de centroavante e uma certa colaboração de Rochet, o Gre-Nal estava empatado: 1 a 1.

Os planos originais de Roger Machado e Mano Menezes mudaram quando, quase ao mesmo momento, Carlos Vinícius e Alan Rodríguez deixaram o gramado com lesão muscular. Mas mal houve tempo para uma reestruturação tática, já que novamente a polêmica entraria em cena.

 

O segundo VAR

Aos 44 minutos, Carbonero perdeu um gol incrível, chutando para fora. Só que mais uma vez o VAR entrou em cena, indicando toque de mão de Noriega. A questão é que antes do toque propriamente, a imagem também mostrou um puxão de camisa de Borré sobre o peruano. A arbitragem ignorou e marcou pênalti, novamente convertido por Alan Patrick, desta vez com direito à provocação para cima de Volpi na comemoração.

Só que os colorados mal puderam comemorar. No minuto seguinte, o Grêmio teve um escanteio a seu favor. A cobrança foi na primeira trave e ninguém, absolutamente ninguém da defesa do Inter pulou. Melhor para André Henrique, que cabeceou no canto e deixou tudo igual de novo: 2 a 2.

 

A virada

O segundo tempo começou morno na comparação com o primeiro. Pelo menos até Mano Menezes mudar as peças. Aos 16 minutos, sacou Willian e Pavón e colocou Kike Olivera e Alysson. E logo na primeira jogada de Alysson, ele avançou em velocidade pelo lado esquerdo da defesa colorada e, já dentro da área, chutou colocado no canto. Era a virada gremista em pleno Beira-Rio.

Nem mesmo a superioridade numérica após a expulsão de Arthur foi suficiente para que o Inter esboçasse alguma reação. Vaias eram dirigidas a Rochet quando o goleiro tocava na bola, mas o alvo preferencial era mesmo o técnico Roger Machado.

Aos 35 minutos, em um lance isolado, Ricardo Mathias quase empatou, mas Volpi fez grande defesa e salvou. O goleiro brilhou de novo aos 37 em finalização de Carbonero. Só que quando tudo parecia decidido, André Henrique fez pênalti em Aguirre. Desta vez, sem polêmicas. Só que a única penalidade corretamente assinalada não se transformou em gol. Alan Patrick chutou na trave e no rebote Borré mandou para fora.

A tarde era mesmo azul, preto e branca. O “Gre-Nal dos Pênaltis” era do Grêmio.

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